Há mais de dois mil anos os anjos povoaram o céu e, com seus cantares celestiais, anunciaram o Nascimento do Menino Jesus, o Salvador do Mundo, no Presépio de Belém.
Cantavam alegremente: Glória a Deus nas alturas e paz aos homens de boa vontade!
Dois mil e treze anos, segundo o calendário cristão, já passaram e os homens de boa vontade continuam a anunciar e festejar o nascimento do Menino, nascido numa abegoaria e tendo por berço uma manjedoira de animais.
Hoje, para alguns é simplesmente a festa da família. Para os católicos é, realmente, o dia maior em que dão largas ao seu contentamento, festejam o Menino e celebram a união da família.
O profeta Isaías, que viveu oito séculos antes da vinda de Cristo ao mundo, já anunciava que “Naqueles dias, o povo que andava nas trevas viu uma grande luz” e o Evangelista Lucas narra a ida de Maria e José à cidade de Belém, donde tinham origem, afim de se recensearem, com obediência ao decreto de César Augusto, “ E, enquanto ali se encontravam, chegou o dia de Ela (Maria) dar à luz, e teve o Seu Filho primogénito. E envolveu-o em panos e recostou-o numa manjedoira, por não haver lugar na hospedaria”.
Cumpriam-se as profecias de Isaías: “É que um menino nasceu para nós, um filho nos foi concedido. Tem o poder sobre os ombros, e dão-lhe o seguinte nome: “Conselheiro admirável ! Deus valoroso! Pai para sempre! Príncipe da Paz!”
E o Menino viveu trinta anos junto dos Pais adoptivos. Três anos depois, reúne os doze apóstolos, rodeia-se de uma multidão de discípulos e percorre as cidades e montes anunciando a nova doutrina.
São Paulo, na segunda epístola aos Corintos, diz: “A Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou - O com o pecado por amor de nós, para que em Cristo nos tornemos justos aos olhos de Deus”.
Mas o mundo esqueceu ou finge ignorar Cristo e a sua doutrina. Prefere considera – lO um personagem histórico que passou no mundo pregando a Sua doutrina, própria somente para o Seu tempo. Esquece que Ele veio como Redentor da humanidade e reformar o velho sistema judaico com a sua doutrina de paz e de amor. No entanto festeja o dia da Sua chegada ao Mundo, anunciada alegre e festivamente pela corte celeste de Anjos, Querubins e Serafins.
Maldosamente, o mundo quer ignorá - lO. Afasta-se da Sua Doutrina e dos seus Conselhos Evangélicos para viver, livremente, espalhando o ódio, a guerra, a fome, a devassidão. Ignorando, ou fazendo que desconhece a moral social, a paz e o amor verdadeiro.
O mundo vive uma das horas mais trágicas de sempre. Deus, aquando do dilúvio que exterminou a humanidade e só deixou vivos Noé e a Família, anunciou que não mais o dilúvio, ou a exterminação total voltariam ao mundo, mas não disse que a humanidade deixaria de ser castigada pelos seus crimes morais e sociais.
E isso tem acontecido: Aqui e ali surgem os terramotos, os tufões, as tempestades marítimas e as quedas de água diluvianas, as guerras fratricidas, as revoluções; a própria fome, o desemprego, a doença ...
Todo esse cortejo de dor e miséria são verdadeiros apelos divinos que servem para chamar a atenção dos homens para os seus desvarios morais. São avisos que o Senhor envia à humanidade transviada para que páre, reflicta, adopte um sistema de paz e de amor. Para que deixe de haver a guerra e só exista a paz.
Para que o homem reconheça o seu destino não apenas terreno mas temporal e eterno. Para que reconheça que ele não acaba com a morte mas que para além da vida terrena há uma outra Vida que não mais acabará.
O Natal traz somente Paz, Alegria, Amor. Que todos o saibam viver!
Glória a Deus nas Alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade !
Para todos, Boas Festas do Natal!
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